Com sabor e sabedoria

Criado para agradar ao paladar e à consciência, o HIVE é um lugar para se comer bem, de maneira sustentável e junto de quem se gosta. Recém-inaugurado na Padre Chagas, oferece comida preparada a partir de ingredientes orgânicos, locais e sazonais num sobrado da década de 1920, com leveza e boas energias. 
HIVE significa colmeia em inglês, expressão que sintetiza a ideia de cooperação fraterna que inspira o projeto, criado por três amigos - Juliano, Fabrício e Suzana.

Eles acreditam que comer bem, de maneira sustentável e junto a quem se gosta, nos reestrutura e nos dá forças e alegria para seguir no mundo. – A gente quer oferecer um ambiente acolhedor, como se fosse a casa dos amigos, mas com um toque de sofisticação na cozinha, afirma Suzana.

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Rua da Praia, mon amour

A Rua da Praia não é só a mais antiga de Porto Alegre. Por muito tempo, ela foi o coração comercial da capital gaúcha. Em tempos natalinos, é bom lembrar esse símbolo de uma belle époque ao Sul do Brasil. O aroma de marcas importadas de perfume inebriava transeuntes nas calçadas e as lojas com roupas, chapéus, joias, cálices de cristal e pratarias acentuavam o glamour e a elegância dos porto-alegrenses.

A princípio, estendia-se da ponta da península até a Rua do Ouvidor, atual General Câmara. Dali em diante tinha o bonito nome de Rua da Graça.

A denominação atual, Rua dos Andradas, foi dada pela Câmara Municipal em 1865 em comemoração aos 40 anos da Independência do Brasil – homenagem a José Bonifácio Andrada e Silva, o patriarca da emancipação de Portugal, e seus irmãos Martim Francisco e Antônio Carlos.

Território aristocrático no qual se instalaram comerciantes, autoridades e famílias endinheiradas, não surpreende que tenha sido uma das primeiras vias a receber melhorias urbanas, tais como calçamento, chafariz para abastecimento de água, limpeza, policiamento, coleta de lixo e iluminação de candeeiro a óleo de peixe.

A princípio, estendia-se da ponta da península até a Rua do Ouvidor, atual General Câmara. Dali em diante tinha o bonito nome de Rua da Graça.

A denominação atual, Rua dos Andradas, foi dada pela Câmara Municipal em 1865 em comemoração aos 40 anos da Independência do Brasil – homenagem a José Bonifácio Andrada e Silva, o patriarca da emancipação de Portugal, e seus irmãos Martim Francisco e Antônio Carlos.

Território aristocrático no qual se instalaram comerciantes, autoridades e famílias endinheiradas, não surpreende que tenha sido uma das primeiras vias a receber melhorias urbanas, tais como calçamento, chafariz para abastecimento de água, limpeza, policiamento, coleta de lixo e iluminação de candeeiro a óleo de peixe.

Hoje, ao longo de seu percurso estão localizados pontos de referência da cidade, como Igreja das Dores, Casa de Cultura Mario Quintana, Museu Hipólito da Costa, Centro Cultural CEEE e Galerias Chaves e Malcon, sem falar na Praça da Alfândega e na Esquina Democrática, o que não é novidade:

– Desde a chegada dos açorianos, tudo acontecia em volta da Rua da Praia, observa Rafael Guimaraens, autor de Rua da Praia – Um Passeio no Tempo (Libretos, 2010).

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Casa Profana

O sobrado da Rua Lima e Silva já é familiar para as mulheres que apreciam roupas e acessórios feitos com as mãos e o coração.

No domingo, 11/novembro, a casa que abriga a loja Profana da Cidade Baixa abriu espaço para um evento colaborativo inspirado no conceito de slow fashion e na valorização de toda a cadeia produtiva da moda sustentável. Das duas da tarde às oito da noite, cinco marcas autorais de estilistas gaúchos estiveram reunidas na primeira edição do Bazar Profana.

– Estamos abrindo a casa para novas ideias e eventos. Acreditamos que a Profana deve ser um difusor da cultura de nossa cidade, destaca a proprietária da loja Profana, Simone Moro.

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SOS CB

O Hackatown – literalmente, hackear uma cidade –, é um vento que cria espaço e oportunidade para que as comunidades locais discutam seus problemas e apontem soluções que, de preferência, possam ser fácil e rapidamente aplicadas, sem depender do aporte de grandes recursos ou da ajuda de governos.

– A comunidade em questão pode ser uma cidade, um bairro, uma universidade ou uma organização, explica Rafael Perez, o Rafinha, de 25 anos, fundador do Hackatown.

Já houve um Hackatown sobre os problemas do bairro Floresta, no Quarto Distrito, outro a respeito das dificuldades do município de Caxias do Sul e um terceiro circunscrito aos desafios do curso de Administração de Empresas, da UFRGS.

Neste fim de semana, é a vez do Hackatown da Cidade Baixa (ou CB, para os íntimos), o coração boêmio de Porto Alegre, localizado entre o Centro Histórico e o maior parque da cidade, a Redenção.

Palco de muitas festas e iniciativas culturais, a CB é também um bairro residencial e comercial, o que gera constantes conflitos e reclamações vindos de todas as partes envolvidas.

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Jekyll à solta

Após marcar época com o bar Dr. Jekyll, na Cidade Baixa, os gêmeos César e Paulo Audi transformam café em ponto de encontro no Centro Histórico e preparam nova incursão na cena noturna.

Os donos do Cine Café, abrigado na Travessa dos Cataventos – corredor de paralelepípedo que divide as duas alas do prédio da Casa de Cultura Mario Quintana, ligando a Rua da Praia à Sete de Setembro –, são os irmãos gêmeos César e Paulo Audi, de 56 anos,

Antes de abrir o ponto na Casa de Cultura, os gêmeos ficaram conhecidos pela concepção de alguns dos mais emblemáticos bares noturnos de Porto Alegre das últimas décadas, especialmente o Dr. Jekyll, fundado em 1996 na Travessa do Carmo, junto ao Largo da Epatur.

O nome do bar era inspirado no filme O Médico e o Monstro, clássico de horror dirigido por Victor Fleming em 1940, com Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner.

Na trama baseada no livro O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, publicado em 1886, um médico de bons modos – para demonstrar a teoria de que o bem e o mal coabitam o coração humano – inventa uma porção capaz de trazer à tona o lado demoníaco de cada pessoa.

Ao experimentar ele próprio a fórmula química, algo dá errado e o cientista perde o controle de sua personalidade oculta (Hyde é um trocadilho com o verbo hide, que significa esconder, ocultar).

O conceito da casa noturna dos Audi flertava com os paradigmas do conto de horror:

– O pessoal entrava de um jeito e saía de outro. A bebida alcoólica é também uma porção que faz brotar o lado oculto das pessoas, diz Paulo.

Mas, no caso do Dr. Jekyll da Cidade Baixa, as transformações eram para o lado do bem. As alterações de personalidade faziam, por exemplo, com que as distinções de raça, credo e status social ficassem do lado de fora.

– Não havia frescura em relação à roupa que a pessoa estava usando ou à classe social a que ela pertencia. Os clientes tiravam as máscaras quando entravam no bar, observa César.

Cientistas malucos à parte, o Dr. Jekyll era como se fosse “a sala estar de uma grande família”, compara Paulo, por causa da descontração e da simplicidade que predominavam no ambiente. A tal ponto que, com tanto Mr. Hyde à solta no salão, nunca houve uma briga lá dentro.

– Mais parecia um clube do que um bar. A turma tinha até caderninho para anotar as despesas e pagar no fim do mês, assinala César.

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Veg Boteco

Quem passa pela calçada em frente pode até não se dar conta da verdadeira natureza do boteco, um dos mais novos pontos veganos de Porto Alegre.

Fora da rota da gastronomia da moda, o Bar do Tio Lú, no bairro Azenha, é uma opção de comida vegana boa e barata.

Certamente, o vegano mais atento percebe na fachada o símbolo do movimento (um V na cor verde sobre o fundo escuro da placa) que congrega as pessoas que se recusam a consumir produtos de origem animal. Já quem não é iniciado no veganismo talvez se sinta simplesmente motivado a entrar para beber uma cerveja ou uma dose de cachaça.

– Se for este o caso, vai ficar feliz igual. De um modo ou de outro, o pessoal se sente em casa aqui, diz Roger Kauê, um dos sócios do botequim.

O Bar do Tio Lú comprova que a opção de alimentação ou o estilo de vida não separa as pessoas em círculos fechados, nem isola ninguém do resto do mundo. Pelo contrário, o boteco da Azenha está aberto ao público em geral e recebe a todos com simplicidade e cortesia.

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Sua Excelência, o botequim

Imagine um bar que fica num lugar histórico e charmoso, onde é possível unir música, chope e bolinho de bacalhau num ambiente de simplicidade e acolhimento. Não precisa imaginar – o bar existe. É o Odeon, um dos últimos botecos autênticos do Centro, que resiste à passagem do tempo com um público jovem e música de qualidade. Desde que passou a apresentar música ao vivo, o Odeon se transformou num ponto de referência de música de qualidade em Porto Alegre. Mais que isso, a agenda musical angariou uma clientela mais jovem para o bar da Andrade Neves. 

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Justíssimo

Um lugar para comer bem sem gastar muito, o Justo também é ótimo ambiente para reunir amigos, estudar ou trabalhar.

Um espaço multiuso de gastronomia e convivência.

É como se define o Justo, misto de restaurante, padaria e confeitaria, além de ponto de lazer e ambiente de estudo ou trabalho.

Não bastasse o caráter inovador, o Justo está cravado no alto de uma das obras arquitetônicas mais importantes de Porto Alegre – o Viaduto Otávio Rocha, junto à Avenida Borges de Medeiros, na área central da cidade.

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O pé-sujo mais alternativo da cidade

Um dos mais antigos e queridos redutos boêmios de Porto Alegre, o Bambu's está outra vez em alta.

Um novo ciclo se inaugura e a calçada em frente ao número 394 da Avenida Independência está de novo lotada de gente.

Com as portas abertas desde 1976, o bar frequentado nas duas últimas décadas principalmente por roqueiros e fãs de bandas de rock passou por altos e baixos.

No auge do movimento, a aglomeração de duas mil a três mil pessoas (quem contou ao certo?) fechava a pista da avenida e ainda transbordava pelas ruas laterais.

Em compensação, houve época em que só os clientes fiéis batiam ponto.

Não é de se estranhar – boêmios são volúveis e sujeitos a paixões efêmeras. Mas, quase sempre, retornam aos locais que os acolhem com lisura e simplicidade.

Afinal, nesses lugares, a ilusão de uma vida intensa e vibrante, repleta de sonhos ao alcance da mão, atravessa a madrugada.

Otto Guerra, às vezes, se pergunta como um bar frequentado por gerações de outsiders por excelência, com as quais ele se identifica, consegue perdurar por tanto tempo. Ele próprio se arrisca a dar uma resposta:

– Talvez porque esse mundo subterrâneo, à margem da moda, persista apesar das adversidades, e com ele resista o Bambu's, como um pé-sujo de personalidade única e intransferível.

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