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União Espírita Porto Alegrense celebra 100 anos no coração da Cidade Baixa

Às 11 horas da manhã do dia 12 de abril de 1925, cerca de 15 pessoas se reuniram no salão nobre do Clube Caixeiral, na Rua dos Andradas, no centro de Porto Alegre

Eram seguidores dos ensinamentos de Allan Kardec (pseudônimo do francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, que viveu entre 1804 e 1869), considerado o “codificador” do espiritismo.

Estudioso dos fenômenos da mediunidade, Kardec dizia que o espiritismo não era propriamente uma religião, e sim uma doutrina compatível não só com a ciência e a filosofia, mas também com a própria religiosidade cristã.

A bem da verdade, o grupo reunido no Clube Caixeiral já frequentava casas espíritas na cidade. Entre elas, a Sociedade Espírita Allan Kardec (fundada em 1894), o Instituto Espírita Dias da Cruz (de 1907) e a Sociedade Espírita Paz e Amor (de 1923).

Apesar disso, o que havia em comum entre aquelas pessoas era a vontade de construir um novo espaço no qual pudessem estudar com profundidade as ideias de Kardec e, mais do que isso, desenvolver as várias nuances da mediunidade.

Clube Caixeiral na Rua da Praia, em foto dos anos 1970

Foi assim que nasceu, naquela manhã de domingo, um século atrás, a União Espírita Porto Alegrense.

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Rua da Praia, mon amour

A Rua da Praia não é só a mais antiga de Porto Alegre. Por muito tempo, ela foi o coração comercial da capital gaúcha. Em tempos natalinos, é bom lembrar esse símbolo de uma belle époque ao Sul do Brasil. O aroma de marcas importadas de perfume inebriava transeuntes nas calçadas e as lojas com roupas, chapéus, joias, cálices de cristal e pratarias acentuavam o glamour e a elegância dos porto-alegrenses.

A princípio, estendia-se da ponta da península até a Rua do Ouvidor, atual General Câmara. Dali em diante tinha o bonito nome de Rua da Graça.

A denominação atual, Rua dos Andradas, foi dada pela Câmara Municipal em 1865 em comemoração aos 40 anos da Independência do Brasil – homenagem a José Bonifácio Andrada e Silva, o patriarca da emancipação de Portugal, e seus irmãos Martim Francisco e Antônio Carlos.

Território aristocrático no qual se instalaram comerciantes, autoridades e famílias endinheiradas, não surpreende que tenha sido uma das primeiras vias a receber melhorias urbanas, tais como calçamento, chafariz para abastecimento de água, limpeza, policiamento, coleta de lixo e iluminação de candeeiro a óleo de peixe.

A princípio, estendia-se da ponta da península até a Rua do Ouvidor, atual General Câmara. Dali em diante tinha o bonito nome de Rua da Graça.

A denominação atual, Rua dos Andradas, foi dada pela Câmara Municipal em 1865 em comemoração aos 40 anos da Independência do Brasil – homenagem a José Bonifácio Andrada e Silva, o patriarca da emancipação de Portugal, e seus irmãos Martim Francisco e Antônio Carlos.

Território aristocrático no qual se instalaram comerciantes, autoridades e famílias endinheiradas, não surpreende que tenha sido uma das primeiras vias a receber melhorias urbanas, tais como calçamento, chafariz para abastecimento de água, limpeza, policiamento, coleta de lixo e iluminação de candeeiro a óleo de peixe.

Hoje, ao longo de seu percurso estão localizados pontos de referência da cidade, como Igreja das Dores, Casa de Cultura Mario Quintana, Museu Hipólito da Costa, Centro Cultural CEEE e Galerias Chaves e Malcon, sem falar na Praça da Alfândega e na Esquina Democrática, o que não é novidade:

– Desde a chegada dos açorianos, tudo acontecia em volta da Rua da Praia, observa Rafael Guimaraens, autor de Rua da Praia – Um Passeio no Tempo (Libretos, 2010).

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