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Heróis da resistência

Na terça-feira, dia 19/5, data de publicação do decreto da prefeitura de Porto Alegre que liberou a reabertura de bares e restaurantes, com restrições de distanciamento social por causa da covid-19, o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de mil mortos no período de 24 horas por causa da pandemia.

Ainda que a Capital do RS apresente indicadores de um controle mais efetivo do avanço do novo coronavírus, em comparação com outras cidades brasileiras, principalmente das regiões Norte, Nordeste e Sudeste, uma parcela considerável de bares se recusou a voltar às atividades, apesar das dificuldades financeiras decorrentes do período de dois meses de quarentena.

Na lista dos que adotaram essa atitude, impressiona não apenas a quantidade, mas principalmente a representatividade dos estabelecimentos na cena noturna porto-alegrense.

— Vamos esperar para ver como essa abertura vai se refletir do ponto de vista epidemiológico. No momento, prudência é uma boa medida, até porque ainda não há clima para a boemia — diz Pepe Martini, que dirige o bar Guernica, junto com o pai, Roni, na Travessa dos Venezianos, na Cidade Baixa.

Outro bar que prosseguirá em compasso de espera é o Parangolé, referência de música ao vivo na Cidade Baixa.

— Apesar da situação relativamente tranquila em Porto Alegre, temos que pensar no restante do País, que mostra um quadro assustador — afirma Cláudio Soares de Freitas, o seu Cláudio, dono do Parangolé.

No dia da publicação do decreto, ele fez uma reunião online com a esposa Marta e os filhos (a jornalista Ana Laura e o violonista Thiago). A família decidiu por unanimidade não abrir o bar, entre outros motivos, para proteger Cláudio, que, apesar da saúde de ferro, aos 66 anos faz parte do grupo de risco da covid-19 por conta da idade.

— É verdade que não apresento doenças pré-existentes, mas até gente jovem tem morrido. De minha parte, não estou disposto a brincar com o vírus — pondera Cláudio.

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O traço do anarquista

— Às vezes, bate um medo quando começo a desenhar. Fico pensando em milícias e outras forças do submundo que podem agir por aí. Eu não imaginava que pudéssemos regredir tanto.

A afirmação foi feita pelo cartunista Neltair Rebés Abreu, o Santiago, ao participar do lançamento do livro Rua da Margem – Histórias de Porto Alegre, no bar Parangolé, no sábado dia 14/dezembro. Personagem de um dos capítulos da obra, Santiago foi entrevistado pelo autor, o jornalista Paulo César Teixeira, editor do Rua da Margem.

Com 18 livros publicados e dezenas de prêmios acumulados ao longo da carreira, o desenhista colabora atualmente com os jornais Extra Classe, do Sinpro/RS (Sindicato dos Professores da Rede Privada) e João de Barro, da APCEF (Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal), além da revista do CREA/RS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). Os cartuns de Santiago estão presentes também no Brasil de Fato RS, publicação que acaba de lançar edição especial de humor.

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