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O guardião do sopapo

A história já é quase uma lenda.

Aos 12 anos, Gilberto Amaro do Nascimento, o Giba Giba, tomou nos braços pela primeira vez o sopapo, um tambor de grandes dimensões (1,5 m de altura por 60 cm de diâmetro) produzido a partir de couro de cavalo e troncos de árvores, legado de escravos das charqueadas do século 19.

Historicamente, há registros do ecoar do tambor de timbre grave na região sul do Rio Grande do Sul desde 1826. O certo é que, a partir da década de 1940, foi adotado pelas escolas de samba de Pelotas e Rio Grande.

Quem apresentou o sopapo a Giba Giba foi Boto, um babalorixá de Pelotas, a terra natal do guri.

— Tu vais ser o cara deste instrumento aqui — previu o guia espiritual.

Parte dessa história está contada na exposição Giba Giba – O guardião do sopapo, no Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.

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Paulo César TeixeiraGiba Giba, sopapo, Boto, Pelotas, Rio Grande, charqueadas, escravos, Gilberto Amaro do Nascimento, tambor, Rio Grande do Sul, negritude, Giba Giba – O guardião do sopapo, Museu Júlio de Castilhos, Sandra Narcizo, Aurélio Veríssimo de Bittencourt, MS2 Editora, O Sopapo contemporâneo – Um elo com a ancestralidade, José Madruga Baptista, Cacaio sopapo, Bucha sopapo, Eduardo Nascimento Giba Giba, Cidade Baixa, carnaval de Porto Alegre, blocos carnavalescos, carnaval antigo, O Seresteiro do Luar, Viemos de Madureira, Ortunho, Grêmimo, Grêmio, Nós, Nós os Democratas, Rua Joaquim Nabuco, Rua João Alfredo antiga, Cidade Baixa antiga, Porto Alegre antiga, bloco Tô com a Vela, núcleos de convivência social, Oreco, Internacional, time Internacional, Rua Baronesa do Gravataí, Rua Barão do Gravataí, Dona Doca, bar da Dona Doca, Wanderley Falkenberg, Luiz Sant’Anna, Neri Caveira, Sibonei, Maria da Graça Magliani, Mordida na Flor, tropicalismo em Porto Alegre, Bossa Nova, Bossa Nova no Sul, Bossa Nova em Porto Alegre, João Palmeiro, João da Benga, Mutinho, Ivaldo Roque, Sílvia Marques cantora, Laís Marques cantora, Rubens Barbot, Renato Rosa, Maria Lídia Magliani, percussionista Chaplin, Maria Bethania Ferreira, Luiz Coronel, Conselho Estadual de Cultura RS, Kleiton e Kledir, Lugarejo canção, Lugarejo, Feitoria, Tassy, tupi-guarani, Rildo Hora, Tia Surica, Portela, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Grammy latino, Maria Lúcia Sampaio, Toneco da Costa
O anfitrião de Porto Alegre

Eduardo Titton, de 33 anos, criador de três bares que estão em qualquer lista dos mais inovadores de Porto Alegre – Agulha, Linha e Vasco da Gama, 1020 –, prepara-se para lançar um quarto projeto na noite da Capital: uma vermuteria no 4º Distrito.

Aberto em agosto de 2017, em sociedade com o mano Fernando, o Agulha é, atualmente, o principal palco das vertentes contemporâneas da música popular em Porto Alegre.

O Linha conta com bar e espaço para sessões de cinema, performances de dança, oficinas e workshops, além de ateliês individuais e compartilhados para artistas visuais.

Em parceria com o chef Mauri Olmi, Eduardo, Fernando e Bruna se preparam para abrir uma vermuteria a uma quadra do Linha, no cruzamento da Rua Moura Azevedo com a Avenida Presidente Roosevelt, em prédio construído em 1917, que fica em frente à antiga sede do Clube Sociedade Gondoleiros.

Eduardo jura de pés juntos que a vermuteria é o último negócio a ser posto em prática. Ah, espera aí, ele lembrou agora de mais uma ideia que está na gaveta – o projeto de uma livraria. Não conta para ninguém, mas já andou até batendo pernas pelo Bom Fim à procura de um imóvel, tudo por conta da vontade de criar espaços de boa convivência e cultura de qualidade. Porto Alegre agradece.

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