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Livro do Rua da Margem ganha Prêmio AGES 2020

O livro Rua da Margem – Histórias de Porto Alegre, de Paulo César Teixeira, editor do portal Rua da Margem, ganhou o Prêmio AGES 2020, da Associação Gaúcha de Escritores, na categoria Não-Ficção. Neste ano, a premiação contou com 157 inscritos. Em função da pandemia, a cerimônia de entrega aos vencedores foi realizada no formato on-line. em 30/11.

Rua da Margem – Histórias de Porto Alegre traz à tona uma Porto Alegre que pouco aparece por aí – a cidade do Barão da João Alfredo, do Ildo da Lanchera, do Sid do Bambu’s, da cantora Valéria, do Pé Palito, do seu Cláudio do Parangolé. Uma cidade plural e diversa, vaidosa de sua história e aberta à cena contemporânea.

— Estamos muito felizes e envaidecidos com a premiação. O livro está em sintonia com a ideia do portal Rua da Margem de destacar personagens e cenários de Porto Alegre que não aparecem com frequência na mídia mais tradicional — afirmou Paulo César, ao receber a premiação.

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Gente da noite

Quem olha a figura com ares alternativos, que atende os clientes do bar I Love CB, nem desconfia que ali está um trabalhador experiente e calejado. Carlos Eduardo Caldeira Medronha, o Dudu, de 34 anos, ganha a vida em bares da Cidade Baixa desde 2002. Nem deu para sentir o tempo correr, mas metade da vida ele passou como operário da noite porto-alegrense.

O currículo é invejável – com carteira assinada ou como freelancer, ele passou pelo 8 e Meio, Pé Palito, Bahamas, Yang, Funilaria, Tapas, Entreato... Ufa, a lista é longa – de quebra, ainda serviu almoço no Ocidente por algum tempo. Difícil é apontar qual o bar relevante da CB que não contou com os préstimos do rapaz.

Como quase todo mundo que trabalha na noite, Dudu sonha montar, no futuro, um boteco que reúna as qualidades de cada um dos locais que ajudou a construir.

— Um dia vou fazer o melhor bar de Porto Alegre, diz, rindo em seguida, como se reprovasse a audácia da frase que acabou de proferir.

Ele tem até um caderninho no qual vai anotando detalhes de bebida, comida e decoração que não poderão faltar, mas isso é segredo, como também não dá para adiantar os nomes que especula para a futura casa.

— Sabe como é, alguém pode copiar, justifica ele, pedindo licença para atender a freguesia que, a essa altura, já ocupa com alegria e intimidade o espaço aconchegante do I Love CB.

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É uma brasa, mora?

O domingo é de festa na Cidade Baixa.

À noite, a galera sai de casa para gastar a sola de sandálias e tênis ao som de brasilidades, grooves y otras cositas más no Baile Brasa, que está comemorando seis anos de elegância e malemolência na pista do Espaço Cultural 512.

O Baile Brasa costuma reunir um público geralmente classificado como “alternativo”, formado por artistas, estudantes e profissionais liberais, que acompanha o evento há mais tempo. Em paralelo, atrai uma plateia jovem que descobriu a festa há pouco tempo.

Cerca de 80% dos frequentadores estão na faixa entre 24 e 40 anos, como mostram as pesquisas de público aferidas na página do Baile Brasa no Facebook. Acima de 40 anos, 20% e, abaixo de 24 anos, algo como 0,02%, ou quase nada.

– Estou bem feliz, é um grande barato fazer esse baile e acredito que isso fica evidente para quem está curtindo na pista. Por outro lado, continua a existir o tesão de preparar o repertório e ainda sinto o friozinho na barriga quando a festa está para começar, conclui Kafu.

O Baile Brasa é o ponto alto da carreira de Jorge Luiz Silva Braga, DJ conhecido como Kafu S., que comanda o ritmo da pista, ao lado dos DJs Fausto Barbosa e Wagner Medeiros.

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